"I think I wanna marry you...!"

Já contei como eu e o Tiago nos conhecemos, mas não contei como todo o nosso relacionamento aconteceu meio que de trás pra frente, e como somos cheios de datas diferentes, né? Então vamos organizar cronologicamente esse amor:

21/06/2013: Eu, Danilo e Débora saímos da Zell Ambiental, aonde trabalhávamos juntos, e fomos para o Bar Casemiro's, na praça da árvore, tomar uma cerveja para celebrar a chegada do final de semana. O Danilo ligou para o Ti e o convidou para se juntar à nós (Valeu, Danilo!). Saímos do Casemiro's já meio alcoolizados, fomos para casa, nos trocamos e o Danilo nos pegou em casa para irmos para o Santa Aldeia, na comemoração do aniversário de uma amiga deles, a Letícia. Nosso primeiro beijo aconteceu alí, em meio gosto de chiclete com cerveja, pagode e risadas. É por isso que a gente nunca acerta na nossa data oficial - 21 ou 22? Tanto faz, é tudo nosso <3

30/09/2013: Foi dificil, mas finalmente descobrimos que dia que o Tiago me pediu em namoro! Ele ficou me enrolando alguns meses só para ter certeza de que ele realmente queria se enfiar nessa enrascada! :P

Desde que começamos a ficar, não nos desgrudamos mais! Exatamente na mesma época, a irmã do Ti, a Lilian, se mudou para o Mato Grosso do Sul, e logo depois os pais do Ti também foram para lá. Ele acabou ficando sozinho durante um tempo na casa de SBC, vindo alguns dias da semana para Sao Paulo me encontrar. Como na época eu também morava sozinha no apartamento na Paulista, o Ti acabava dormindo algumas noites alí comigo e ia embora de manhã, quando eu saía para trabalhar. Mas era bastante incômodo pra ele, já que tinha que voltar para sua casa em SBC e depois voltar de novo para São Paulo para trabalhar. Acabei sugerindo que ele ficasse em casa mesmo quando eu precisasse sair. As coisas foram acontecendo assim naturalmente. Era gostoso voltar para casa e saber que mais tarde ele chegaria para jantar comigo, para conversar e para outras coisas também, se é que vocês entendem...

Ficamos nessa por mais de 3 meses. Eu lembro que nesse dia nós fomos na Festa da Achiropita com o Mairo, Danilo e cia, e quando voltamos,

deitamos no nosso colchãozinho no chão da sala da minha casa, como quase todas as noites. Conversávamos sobre alguma coisa trivial que óbviamente não lembro agora. Eu disse "Ai, eu não gosto disso." e ele respondeu "E de 'quer namorar comigo?', você gosta disso?" Estávamos no escuro, ele não podia ver minha expressão e nem eu a dele. Eu lembro do meu coração bater um pouco mais acelerado, eu sorrir involuntariamente, meio boba, e me virar de lado para tentar enxergar, mesmo no escuro, o brilho no olho dele. Eu disse "Sim, disso eu gosto". E ele perguntou "Então você aceita?" "Sim." <3

21/05/2016: Eu confesso, eu não sou muito romântica. Passei a vida vendo a minha mãe sendo o próprio príncipe no cavalo que não idealizei muito disso para minha vida. Não estou colocando a culpa nela, estou apenas dizendo que nunca achei que fosse me casar ou conhecer alguém que valesse à pena, simplesmente porque resolvi focar em outras coisas na minha juventude.

O Ti fica chateado porque ele diz que me pediu em casamento algumas vezes, mas eu nunca aceitei. Negativo. Ele só falava "e se um dia casássemos?" Para mim, isso não é um 'pedido de casamento', e sim um papo sobre. Como sempre, eu queria expor os meus pensamentos durante nosso bate papo, e com a maior tranquilidade do mundo, sempre expliquei: "Eu não preciso casar para saber que nos amamos. Existem tantos casamentos maravilhosos que não vivem metade do que eu e você estamos vivendo juntos. Eu não preciso de um papel que me diga que sou sua esposa, ou de um padre que me diga que devo ser fiel à você a vida inteira. Se tivermos dinheiro para fazer uma festa, prefiro gastar viajando e conhecendo o mundo inteiro." Bom, não é um pensamento muito romântico, como eu disse no início, mas era (e é) o meu pensamento mais puro. Eu o amo. Simples assim. Seguimos a vida morando juntos.

Só que o Ti, que antes era CLT no Buffet que trabalhava, virou PJ e perdeu o convênio médico que tinha. Decidimos então que faríamos uma união estável para que ele pudesse ter direito ao meu convênio médico da TP-Link, que custaria menos do que fazer um para pessoa física.

Não queríamos fazer nada para não gastar (eu já estava iniciando o processo da cidadania italiana e não podíamos mesmo gastar dinheiro com coisas extras), porque achávamos que não valia a pena fazer um aue para uma união estável. Mas tambem nao queriamos deixar aquele momento passar em branco, ja que a nossa ideia, no fim das contas, nem era se casar. Acabamos decidindo alugar um apê no Guarujá, reservamos uns lugares no Tahiti e convidamos pouquíssimas pessoas: Minha mãe (óbvio, né?), Tia Keia, Tio Or (o Fê não pode ir), Mairo e Duh (coitados, os convidamos dois dias antes), Fê, Ratto e Miguel (que eram nossos padrinhos e daminho de honra <3), Kátia, Goiaba, Rafa e Anderson. Fim. Esse foi todo o nosso contigente daquele dia. Comemos feijoada, tiramos fotos (o melhor álbum do mundo com a minha Intax mini), rimos, conversamos e nos amamos muito! Teve até chuva de arroz saindo do cartório! Ah, e dizem que chuva (de verdade) no casamento traz sorte. Ôba, teremos bastante! Para nós, foi uma comemoração bacana. O problema é que muita gente ficou chateada porque nos casamos e não chamamos ninguém. :( Desculpa aí, pessoal, foi mal! Hoje olhando para trás, acredito que teríamos feito tudo muito diferente! Inclusive o Ti sentiu muito por seus pais e a Lilian (com a família) não estarem nesse dia com a gente. Eu também senti falta dos meus sogrinhos!
18/02/2017: Eu já falei que eu e o Ti somos bem esquisitões, né? A gente fez uma "festa" para a união estável, mas quando resolvemos

nos casar, não fizemos festa nenhuma. Sim, mesmo depois de todo esse discurso sobre "casamento não", nos acabamos nos casando de verdade! Mas calma, jaja eu vou explicar tudinho! Antes, posso contar o que foi mais doido ainda? Que o Ti me deu uma aliança de noivado na porta do cartório, na hora que iamos nos casar!

Bom, tudo aconteceu assim: resolvemos mudar de país e fazer a minha cidadania, e apenas com a união estável isso não seria possível. Portanto, precisamos nos casar. Não teve convidados, não teve festa, nem nada. Combinamos com os nossos padrinhos oficiais que nos encontraríamos no cartório no dia 18. Minha mãe, obviamente, estava lá também, e como o cartório é na frente do prédio da minha tia Keia, ela também foi. Pronto. E aí é que veio a maior surpresa: do nada, o Ti começou a falar que a coisa estava estranha. Nao entendemos nada ate que ele puxou a minha mãe para pedir minha mão em casamento. Quando já estávamos todos comovidos e com lagriminhas nos olhos, ele se ajoelhou e sacou uma aliança do bolso!! Meu coração foi à mil por hora! Sabe quando dizem que tudo ao redor desaparece e fica só você e a pessoa? Gente, é REAL! Eu não lembro de mais nada, mais ninguém! Só lembro de nós dois e aquela aliança dourada com um diamante no

topo, ele ajoelhado e eu virando um panda com tantas lágrimas rolando! Foi um dia maravilhoso! Meu amor é maravilhoso!! Contando assim não tem nem 1/10 da emoção que rolou naquele dia! Vou colocar algumas fotinhos para ver se vocês conseguem absorver um pouco de todo o amor e alegria do nosso dia 18 <3

Depois do cartório, fomos para a casa da mãe da Fê e fizemos um churrasco. Claro que meu MARIDO comprou aquelas coisas de noivo, tipo Whisky top para ele e o Ratto. Assamos uma carninha, ficamos na piscina... foi tudo simples mas tão gostoso!

06/03/2017: Esse é o dia em que saiu a data do nosso casamento oficial. Ou seja, se procurarmos nos documentos, o dia 18 não existe. Nem sabemos o porque, mas para o governo brasileiro e italiano, é o dia 6 que vale. Para nós, o que está escrito na aliança é o dia oficial, portanto, o dia 18/02 é todo nosso <3