Chegamos. Era sábado. O dia estava lindo, azul, com um sol maravilhoso, e frio. Mas não frio-frio, daqueles que congelam os ossos. Um frio moderado, agradável, daqueles que te abraçam, que te fazem sentir bem, que deixam com vontade de sair por ai passeando e curtindo e vivendo e vendo coisas. Aquele frio que eu amo!
Pegamos um Uber do aeroporto para o apartamento que tínhamos alugado bem no coração de Lisboa. Como eu sabia que minha mãe adora se hospedar bem no centro para não precisar usar transporte público e nem perder tempo para se locomover, escolhi os melhores lugares para ficarmos esses dias. Gastamos uma pequena fortuna, mas tudo bem, valeu super à pena!
O apartamento que ficamos era bem gostosinho, fomos já recepcionados por uma brasileira, e depois fomos vendo que Portugal já é tão cheio dos nossos conterrâneos que mais parece o Brasil do que um país da Europa. (chocada!) O apto ficava em
Ana Laura Vassoler
42 chapters
16 Apr 2020
January 05, 2019
|
Ana Laura, Lisboa, Portugal
Chegamos. Era sábado. O dia estava lindo, azul, com um sol maravilhoso, e frio. Mas não frio-frio, daqueles que congelam os ossos. Um frio moderado, agradável, daqueles que te abraçam, que te fazem sentir bem, que deixam com vontade de sair por ai passeando e curtindo e vivendo e vendo coisas. Aquele frio que eu amo!
Pegamos um Uber do aeroporto para o apartamento que tínhamos alugado bem no coração de Lisboa. Como eu sabia que minha mãe adora se hospedar bem no centro para não precisar usar transporte público e nem perder tempo para se locomover, escolhi os melhores lugares para ficarmos esses dias. Gastamos uma pequena fortuna, mas tudo bem, valeu super à pena!
O apartamento que ficamos era bem gostosinho, fomos já recepcionados por uma brasileira, e depois fomos vendo que Portugal já é tão cheio dos nossos conterrâneos que mais parece o Brasil do que um país da Europa. (chocada!) O apto ficava em
uma região maravilhosa, na esquina da "Rua Augusta", um calçadão maravilhoso cheio de lojas, restaurantes, onde fervia de pessoas. Deixamos as malas e saímos correndo para conseguirmos aproveitar o fim do dia.
A primeira coisa que fizemos foi ir até o Arco da Rua Augusta, um arco triunfal situado na parte norte da Praça do Comércio, sobre a Rua Augusta. Ficava pertinho do apartamento, e era como um "portal" para uma praça linda, cheia de gente, que antecedia o mar com um dos "pores do sol" mais lindos que já vi na vida.
Tinha gente de todos os tipos, cores, raças e tamanhos. Tinha gaivotas voando e fazendo barulhos que chegavam a ser até engraçados. Tinha adultos e crianças brincando em patinetes. Tinha vendedores ambulantes (a pior parte). Tinha um céu azul com um misto de laranja, avermelhado e rosa. Tinha um sol que mais parecia uma bola de fogo alaranjada linda pendendo no céu. Tinha a gente viajando e conhecendo mais um lugar. Tinha nós 3.
Ficamos por ali agradecendo, rezando, vendo o pôr do sol, tirando fotos no meio de uma multidão que parecia mais querer um bom stories pro Instagram do que de fato curtir aquele momento. Naquela hora, vi uma mochileira que olhava o pôr do sol com as palmas das
mãos voltadas para ele, provavelmente rezando e agradecendo por aquele momento, e eu decidi que eu queria ser assim também. Naquele momento, ela não portava câmeras e nem celular. Era ela, no silêncio dela, no meio de uma multidão enlouquecida. Mas provavelmente era a única que de fato se recordaria daquele momento com toda a intensidade e veracidade merecida.
Eu sei que sou maluca por fotos e provavelmente não vou mudar isso nunca. Mas eu não queria deixar que isso fosse maior do que a minha sensação real de viver o momento ao vivo, e não olhando uma tela para saber se tinha ficado boa o suficiente para eu mostrar para os outros. Eu decidi, naquele momento, que o meu eu virtual não seria maior do que o meu eu real. Eu tirei, sim, algumas fotos do pôr do sol, mas na melhor parte eu coloquei o celular de volta no bolso e fiz uma oração agradecendo a Deus por eu estar ali naquele momento com as duas pessoas mais importantes do meu mundo. E pedi também para que eu seja merecedora de, momento da minha morte, eu não sentir medo, e poder visualizar essas imagens lindas que vou recolher durante a minha vida.
Nesse meio tempo, recebi uma mensagem de um amigo-do amigo-de um amigo que esta morando em Lisboa. Tinhamos nos conhecido no Brasil, mas nos vimos apenas algumas poucas vezes antes de eu e o Ti virmos para a Italia. Ele viu minhs postagens no Instagram e logo nos convidou para fazermos alguma coisa juntos. Resolvemos sair para jantar com ele e o namorado e foi muito legal! Conversamos pra caramba, demos muita risada, trocamos ideias, sentimentos e pensamentos sobre a vida fora do pais, e foi realmente muito enriquecedor. é impressionante como a gente tem necessidade das pessoas quando estamos longe de todos.
Provei pela primeira vez na vida o tal do Pastel de Nata e percebi QUANTO TEMPO NA VIDA EU PERDI SEM COMER ESSA MARAVILHA! Juro, comi tanto pastel de nata nessa viagem que perdi as contas. O coisinha deliciosa, meu deus!
O dia seguinte já amanheceu cheio de amor e sabor. Tomamos café da manhã na "Padaria Portuguesa". Gente, para tudo, que delícia! Comemos um tal de "pão de Deus" que realmente deve ser daqueles que colocam no buffet a vontade quando você morre e chega no céu. E comemos também um sanduíche em um pão de parmesão que só por Deus! (to muito religiosa nesse post, hein!).
Depois dessa sessão gastronômica maravilhosa, fomos até o Mosteiro dos Jeronimos, que fica perto da Torre de Belém. Tem um "bondinho" que sai ali perto de onde estávamos e para na frente do Mosteiro, mas ficamos sem vontade de entrar. Confesso que museus e essas coisas não nos interessam muito, e como tinha fila e o preço era um pouco salgado, preferimos gastar tudo em pasteis de nata. (hahaha)
Fizemos nossa sessão de fotos como de costume, e fomos para o "Monumento aos Descobrimentos". É uma praça gigantesca, cheia de gente, que fica na beira do Rio Tejo. O mais legal é que tem um monte de patinetes espalhados pela praça, e você pode baixar o app no celular, se cadastrar, adicionar o seu cartão de credito e alugar o patinete para se locomover ou então só para brincar. Nós pegamos
um para ver como era e nos divertirmos um pouco, mas confesso que eu fiquei com mais medo do que me diverti. hahahaha Sou super cagona. O pessoal normalmente aluga para andar de um ponto ao outro da avenida, porque no final dela é aonde fica a Torre de Belém. Nós fizemos o caminho à pé mesmo.
Na Torre de Belém também tinha muita gente na fila e não fizemos questão de entrar. Ficamos por alí um pouco tirando fotos e vendo o pessoal, e depois fomos, finalmente, provar o tal do pastel de Belem. Como já esperávamos, era um lugar pequeno, com uma fila enorme na porta. O atendimento é super rápido, mas para comer dentro tem fila de espera. Além dos pasteis de nata, eles tem uma variedade enorme de doces e salgados, então comer por alí realmente teria sido bem legal. Mas acabamos optando por pegar os nossos para viagem.
A receita secreta surgiu no século XIX no Mosteiro dos Jerónimos. Em 1834, quando todos os mosteiros e conventos de Portugal foram obrigados a fechar, os trabalhadores decidiram iniciar a venda para sobreviver, no mesmo local onde hoje fica a loja dos Pastéis de Belém, à época um anexo de uma refinaria de cana de açúcar. A fábrica tem como data oficial de abertura o ano de 1837. A receita originária do mosteiro mantém-se até hoje secreta e apenas esse restaurante pode levar o nome de “Pastel de Belém”.
Realmente o tal do pastel de Belém original é bem gostosinho, e comemos ele quentinho. A massa é mais dura e extremamente crocante. O creme é menos doce, talvez por isso sobre as mesas tenham açúcar e canela pra quem desejar. Só que preciso confessar que os pasteis da "Fábrica de Nata" que tinhamos comido na noite anterior eram bem mais saborosos.
Como ali pela região já tinhamos praticamente feito toda a programação no roteiro, resolvemos voltar para perto do nosso apartamento e decidir o que fazer. Pausa para uma cervejinha!
Decidimos que não iriamos almoçar naquele dia e que jantariamos alguma coisinha mais gostosa no final da noite. Então pegamos um
bondinho para o famoso Castelo de São Jorge. Ficamos ainda na dúvida se entravamos ou não, mas como não tinhamos feito nenhum passeio do gênero naquele dia, acabamos optando por conhecer o lugar. E valeu muito à pena! Além de termos visto o castelo, ainda pudemos assistir mais um pôr do sol maravilhoso! E juro, nesse eu até chorei! Agradeci pela oportunidade de estar ali, pela minha vida, pela minha mãe e pelo Tiago, e resolvi que quero colecionar imagens lindas durante a minha vida.
Resolvemos então voltar para perto do apartamento, aonde comemos uma delicinha de comida em um restaurante. No início ficamos desconfiados porque no meio da rua ficam um monte de rapazes chamando as pessoas para conhecer os lugares, e como era em uma ruazinha menos movimentada, ficamos morrendo de medo. hahaha Mas no fim a comida era deliciosa, o atendimento foi ótimo, e o preço mais camarada ainda. Então foi ótimo deixar a desconfiança de lado por uns minutos e se arriscar. Mas é também tem um monte de gente (todos imigrantes) que ficam também oferecendo drogas, aí já viu, né.
Para fechar Lisboa com chave de ouro, encontramos o Uillians e o Fernando de novo, mas dessa vez ficamos bebendo vinho na praça e conversando. Pena que estava super frio, porque senão teriamos ficado ali ainda um tempão. Mas como sempre quando estamos viajando em férias gostamos de acordar cedo para aproveitar o dia, achamos melhor ir embora porque no dia seguinte começaríamos a segunda parte da viagem, dessa vez com o carro que alugamos.
O resumo é que Lisboa foi uma cidade super fofa que nos recebeu de braços abertos, mas como esse é meu diário pessoal e preciso ser honesta, nós 3 concordamos que é meio suja, fedida, e dá um pouco de medo devido a tantos imigrantes, vendedores ambulantes e pessoas esquisitas rodando por lá. Infelizmente a situação da Europa no geral está piorando devido a isso... mas, bom, vamos falar de coisas boas, né? 'Bora para Cascais?
1.
Vamos começar pelo começo...
2.
Apenas uma introdução
3.
"I think I wanna marry you...!"
4.
[RE]começo - Parte 1
5.
[RE]começo - Parte 2
6.
Os amigos e a família
7.
Nosso novo lar
8.
A primeira mini viagem
9.
Como?
10.
Nossa primeira praia Italiana
11.
"Oba, lá vem elas..."
12.
A maravilhosa Cinque Terre
13.
Tutte le strade portano a Roma
14.
La bella Venezia
15.
Voltando para Carate com elas
16.
A despedida
17.
"Expecto Patronum"
18.
Bergamo e amigos
19.
"L'Estate sei tu...!"
20.
O capítulo chato do desabafo
21.
˜Once upon a time...˜
22.
All I want for Christmas
23.
Visitando os antepassados
24.
As montanhas
25.
Ora Pois...
26.
A famosa Lisboa
27.
A linda Cascais
28.
Descobrindo a Itália
29.
Segundona de folga
30.
A primeira vez na Suíça
31.
Muito prazer, Novara!
32.
Comer, Comer é o melhor para poder crescer!
33.
Picnic no parque
34.
Bélgica, comidas e amigos
35.
Sem programaçao
36.
A bellissima Toscana
37.
Amigos e belas paisagens
38.
Montevecchia e amigos
39.
Um bom filho à casa torna
40.
Familia de Neve
41.
Bormio e Livigno
42.
Verona in Love
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